Variar é bom... ou não?

Sem querer a gente aprende que variar é bom e necessário.

Variar de comida no almoço de vez em quando faz bem. Variar o restaurante então, melhor ainda!

Variar de sapato. Comprar novos modelos, experimentar algo que nunca usamos.

Variar de perfume, mesmo tendo aquele preferido, sabe?

Variar de roupa, comprar umas blusas mais decotadas, ou talvez mais largas.

Variar o peso, engordar um pouquinho mais às vezes faz bem.

Variar o chocolate, por que não? Tantas marcas por aí.

Variar de blog também. É muito bom conhecer novos escritores.

Variar as amizades. Conhecer pessoas novas, fazer novos amigos.

Variar de operadora, trocar o chip e também o celular.

Variar de esmalte.

Variar de cueca, comprar uma preta com azul.

Variar de terno, depois de usar aquele mesmo em tantas formaturas e casamentos.

Variar as músicas. Variar a bebidas.

Variar sempre nos faz bem, nos faz amadurecer. Varie você também!

Fim.

Fim??

Nãooo!

E variar de parceiro (a) durante um relacionamento de 10 anos? Ou 7 anos, na tal crise dos 7.

Nos ensinam tanto sobre variar, sobre mudar quando precisamos de algo novo, que se esquecem dessa parte, que então muda de nome. De variar passa a ser TRAIR.

Injustiça? Safadeza, já que pessoas não são objetos? Mas quando variamos de amizade, ninguém nos acusa de nada. Dor? Ciúme? Medo de perder para alguém melhor?

Mas e se o (a) outro (a) não for melhor e for tudo apenas uma questão de necessidade a favor do próprio relacionamento? Mas e o amor, onde fica? Quem ama não precisa de mais ninguém, precisa?

Complexo esse negócio de variar, né? Pois é.